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  • Editora/Coeditora

    Eduff
  • Autor/organizador(es)

    Eduardo Cardoso Daflon
  • Ano de publicação

    2023
  • ISBN

    978-65-5831-156-0
  • Número de páginas

  • Sinopse

    A obra procura compreender a agência camponesa na passagem do Mundo Antigo à Idade Média no contexto da Península Ibérica. Adota-se, portanto, o recorte que vai de cerca do ano 300 até por volta do ano 500, em função justamente de serem esses dois séculos os fundamentais para se entender o papel desempenhado pelo campesinato nas transformações profundas pelas quais passa essa região da Europa no momento de desarticulação do Império Romano. O autor Eduardo Daflon, na Introdução, reflete sobre a relevância dos estudos camponeses e explora em linhas gerais os porquês desses agentes sociais serem tão pouco estudados e sobre o conceito de "camponês" como classe social e apresento uma caracterização geográfica e climática da Península Ibérica. No primeiro capítulo, oferece contexto geral da formação da Hispânia romana e da configuração do mundo rural, especialmente a partir das reformas de Diocleciano em princípios do século IV. O foco recai especialmente sobre o sistema de grandes propriedades aristocráticas – conhecidas como uillae – por ser essa a estrutura mais conhecida daquela realidade histórica. No segundo, trata da desarticulação da Hispânia do resto do mundo romano e do fim do sistema de uillae enquadrando as condições de existência camponesa até por volta do ano 450. Desse cenário de desestruturação é que se formaram realidades muito mais regionalizadas na Hispânia, nas quais a agência camponesa foi central. Para poder apreender essa enorme diversidade, partiu dos dados da Arqueologia para propor recortes de análise que visam permitir uma apreensão global das transformações escapando de generalizações abusivas. Esses vários territórios que passaram por trajetórias históricas específicas são o foco do último capítulo. Assim, aborda da maneira mais exaustiva possível os dados de cada uma das partes constitutivas, buscando entender quais eram as possibilidades de ação camponesa ao longo da segunda metade do século V. Daflon busca demonstrar, na Conclusão, que nos últimos momentos de vigência imperial os camponeses que estavam enquadrados sob graus de submissão elevados passaram a desfrutar de níveis de autonomia substanciais em boa parte do mundo ibérico. Segundo ele, algo que se deve à sua ação na luta de classes durante uma conjuntura favorável na qual enfrentaram a aristocracia de diversas formas, que variaram da revolta aberta até formas de resistência cotidiana. Os resultados desses embates entre campesinato e aristocratas produziram um mundo marcado por realidades regionais muito diversas na virada para o século VI. Dessa forma, o autor procura deixar claro o quão indispensável é o conhecimento do campesinato para o estudo da passagem do Baixo Império Romano à Alta Idade Média.
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